sexta-feira, 22 de junho de 2007

Publicado no DPJ de hoje medida que objetiva obter um panorama dos servidores designados para atribuições diversas dos seus verdadeiros cargos

"O Presidente do TJ assinou ontem o Decreto 021/2007, determinando aos juízes da capital e do interior do Estado que, até o dia 7 de julho, encaminhem à Diretoria Geral o quadro funcional, indicando especificamente a existência de ato próprio, ou de autoridade superior, de designação de servidor para qualquer função diversa das previstas para o cargo que ele ocupa. A determinação é estendida também à Coje". Considerando-se que a Coordenadoria dos Juizados Especiais também fornecerá informações sobre a designação de servidores para atuarem em atribuições diversas das previstas para o cargo que ocupam, é possível que os aprovados se beneficiem dessa medida. Isso, claro, se houver realmente a intenção de sanar tais irregularidades, uma vez que o retorno do servidor às suas verdadeiras funções implicaria o aumento da necessidade de nomear aprovados para ocuparem os cargos preenchidos com tais designações. A notícia se encontra no site do TJ BA e foi publicada no Diário do Poder Judiciário de hoje, 22/06.

2 comentários:

Anônimo disse...

OS JUÍZES SÃO ORIENTADOS A FAZER PORTARIAS PARA DESIGNAR 2 OU 3 FUNÇÕES PARA FUNCIONÁRIOS.

GERALMENTE OS ESCREVENTES SÃO ESCRIVÃOS, OFICIAIS DO REGISTRO CIVIL SÃO OFICIAIS DE JUSTIÇA, ETC.

Anônimo disse...

CNJ condena Tribunal de Justiça a pagar indenizações
Decisão do conselho também obriga Judiciário baiano a fazer concurso público

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) o pagamento de horas extras e despesas com transporte dos serventuários que acumulam funções nos quadros do poder. No julgamento de pedido de providências, o CNJ determinou ainda que o TJ tem até 90 dias para promover concurso público visando preencher os cargos cujas funções, atualmente, são acumuladas por servidores do quadro em “substituições temporárias”.


“Foi uma decisão muito boa. A gente vem tentando negociar isso há muito tempo”, afirmou a presidente do Sinpojud, Maria José Silva. A categoria promove, hoje, uma série de manifestações, agendadas antes do julgamento do CNJ. Segundo a relatora do julgamento no CNJ, conselheira Ruth Carvalho, as substituições “ditas temporárias” perduram indefinidamente. O acúmulo surge pela vacância provocada por morte, aposentadoria ou saída voluntária de serventuários e não é preenchida por concurso.


De acordo com a sindicalista, há cidades do interior em que um serventuário responde sozinho pela repartição ou tem a ajuda apenas de funcionários das prefeituras, que não fizeram concurso e nem foram preparados para o trabalho que desempenham. A direção do Sinpojud fez dez viagens a Brasília para acompanhar a tramitação do pedido de providências, ingressado em janeiro de 2006 – a lentidão característica do Judiciário também atinge o CNJ.


O Sinpojud admite negociar o parcelamento do retroativo das horas extras determinadas pelo CNJ, mas reivindica o pagamento imediato do direito referente às substituições vigentes. Zezé Silva, como a presidente do sindicato é conhecida, cobra da direção do TJ um levantamento completo das substituições. “Isso nunca foi realizado. Agora vão ter que fazer”, provocou a sindicalista.


Procurada, a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça da Bahia informou que o órgão só decidirá se vai se posicionar oficialmente após a publicação da decisão do CNJ.
Segundo estimativa de Maria José Silva, há cerca de 900 substituições. Contando cargos ocupados por contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) são 127 postos vagos na capital, 359 nas comarcas de 3ª entrância (cidades de grande porte), 407 e 859 nas de 2ª e 3ª entrâncias. Tem até municípios com apenas um serventuário no cartório, acrescenta Zezé Silva.


Hoje, os serventuários promovem paralisação de 24 horas e, às 10h, no Fórum Rui Barbosa, fazem assembléia para analisar a contraproposta da direção do TJ, não enviada até o fechamento desta matéria. A categoria pede reajuste salarial e no tíquete- alimentação e pagamento de insalubridade e periculisidade.
Não integrantes da Mesa Central de Negociação Permanente, os serventuários foram impactados pela proposta de 3,3% de reajuste linear apresentada pelo governo do ex-sindicalista Jaques Wagner. O tribunal tende historicamente a acompanhar a majoração dada pelo Executivo. Maria José Silva – que acompanha a mesa como dirigente da Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab) – acredita que o governador vai conceder um aumento maior na contraproposta a ser divulgada na próxima segunda, mas os serventuários, que promoveram a última greve em outubro de 2006, almejam um reajuste de 10%.