Chamo a Guerra Silenciosa de “A Revolução”. Tenho medo de falar nela e parecer piegas, mas ou corro o risco ou fico quieto. Eu sinto falta de mais pessoas crendo e trabalhando por dias melhores. Como disse Martin Luther King Jr., "o problema não é a ação dos maus, mas a omissão dos que deviam fazer alguma coisa pelo bem." Não sou santo nem perfeito, mas quero um país melhor e creio que as pessoas de bem são a maioria. Acho possível mudar alguma coisa. A vida seria muito ruim sem essa expectativa-possibilidade.
Não tenho medo, porém, de me acusarem de pregar uma utopia. Prefiro uma utopia sincera e pragmática do que uma acomodação pessimista. Não é de minha natureza ficar quieto. Creio em utopias: já li de outras que se concretizaram. Daí, vinda de uma maioria silenciosa e que deseja o bem, vinda de diversos extratos sociais, entre os quais o poderoso conjunto dos Servidores Públicos, creio em uma mudança cultural, ética e de valores que se sustente numa evolução coletiva. Uma revolução silenciosa e invencível.
Creio nesse tipo de mudança e vejo sinais de seu desenvolvimento, de forma clandestina e silenciosa, nas tramas teciduais deste país. Quero viver para vê-la prevalecer e por fim poder soltar meu riso. Acho que os brasileiros estão cansados. Resta saber se irão se levantar para mudar alguma coisa. Não uma mudança sangrenta ou repentina, mas natural e feita sem salvadores nem gênios. Creio muito na revolução gradual, amadurecida.
Não concordo com o “sistema” e quero destruí-lo. É um sistema injusto e ele é meu inimigo. Todavia, o sistema é poderoso e só com poder é possível subjugá-lo e bani-lo. E, claro, como qualquer guerrilheiro sabe, o melhor lugar para combater um sistema é dentro dele. Sun Tzu, por exemplo, dizia que os espiões “são os elementos mais importantes de uma guerra”.
E aqui surge meu interesse militar em você, concursando, futuro servidor público. Você já faz parte do sistema e em breve será ainda mais importante dentro dele.
Todo concurso concede algum tipo de poder, mas nenhum consegue avaliar honestidade, honra ou sentimento de compaixão, solidariedade e empatia. Afinal, são decisões pessoais alteráveis a qualquer tempo. Embora possa decorrer do conhecimento e da sabedoria, não são aferíveis em provas e concursos.
Meu sonho é que alcancemos dias em que os servidores cumpram seus deveres. Sem heroísmos nem exageros, embora sem bom e honrado me pareça uma forma de heroísmo.
Servidores normais, comuns, mas com honra e compaixão resultarão em um país mais justo e digno: agirão com correção e serão, à medida em que cada vez mais numerosos, invencíveis. Uma elite.
Desejo uma revolução, silenciosa, construída aos poucos por um novo exército. Um exército de guerreiros treinados, competentes, disciplinados e de fibra. Fibra que foi necessária para a aprovação e que será necessária, em outro formato, para o cotidiano. Pode parecer utopia, mas creio mesmo na revolução que começa no metro quadrado que cada um ocupa.
Se me permite a intromissão em sua vida, após a vitória na guerra dos concursos, sugiro que se aliste de forma simples e sóbria na guerra por dias mais justos. Isso lhe trará alguns dilemas, mas bastante auto-realização e sentido de existência e serviço. Confio no que a Bíblia diz: “os que trabalham para o bem dos outros encontrarão a felicidade” (Provérbios 12:20, NTHL).
Você será, em breve, poderoso. E, se estivermos unidos num mesmo projeto, cada um fazendo a sua parte, seremos mais poderosos do que os mais admiráveis exércitos da história de todas as guerras. Um novo exército. Uma nova revolução. A melhor de todas. Uma revolução que é possível. A história mostra desafios de monta superados, revoluções bem sucedidas porque foram feitas pelo povo.
Viajo bastante pelo exterior e me incomoda profundamente o quanto nos acomodamos com pouco, em um país tão rico. O quanto aceitamos tanta miséria, exploração e distribuição de renda iníqua. Mudar isso é uma guerra.
Esse é um desafio, e ele vale a pena porque diz respeito a nosso lugar e a nosso tempo. Se o vencermos, poderemos dizer, como Paulo: “combati o bom combate”. E se não lograrmos êxito, ao menos teremos dado nossa contribuição, tal como Moisés, que não pisou na Terra Prometida, mas a viu ao longe.
Juscelino Kubitschek, por exemplo, disse: “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu País e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.” (g.n.)
Acho que podemos lançar os olhos mais uma vez sobre o amanhã de nosso país para ver essa desejada alvorada, e fazer isso com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino. E, ao colocar em prática a revolução, não só ousar sonhar, mas ousar realizar a nossa parte. Eu tenho fé num país mais decente e sugiro que você tenha fé: em Deus, em si mesmo, no serviço público e no país.
Ajude a pôr nosso mundo em ordem.
Peço desculpas por citar, nesta conclusão, meus sonhos e minha fé, por confessar uma sublevação. É que acredito nas palavras e no poder que elas transmitem.
Como disse no início deste livro, convido-o a ser, depois da posse, um guerreiro honrado, modesto mas firme, soldado de um novo tempo.
A revolução virá.
- William Douglas -do livro "A Arte da Guerra para Concursos", págs. 100-103.
Não tenho medo, porém, de me acusarem de pregar uma utopia. Prefiro uma utopia sincera e pragmática do que uma acomodação pessimista. Não é de minha natureza ficar quieto. Creio em utopias: já li de outras que se concretizaram. Daí, vinda de uma maioria silenciosa e que deseja o bem, vinda de diversos extratos sociais, entre os quais o poderoso conjunto dos Servidores Públicos, creio em uma mudança cultural, ética e de valores que se sustente numa evolução coletiva. Uma revolução silenciosa e invencível.
Creio nesse tipo de mudança e vejo sinais de seu desenvolvimento, de forma clandestina e silenciosa, nas tramas teciduais deste país. Quero viver para vê-la prevalecer e por fim poder soltar meu riso. Acho que os brasileiros estão cansados. Resta saber se irão se levantar para mudar alguma coisa. Não uma mudança sangrenta ou repentina, mas natural e feita sem salvadores nem gênios. Creio muito na revolução gradual, amadurecida.
Não concordo com o “sistema” e quero destruí-lo. É um sistema injusto e ele é meu inimigo. Todavia, o sistema é poderoso e só com poder é possível subjugá-lo e bani-lo. E, claro, como qualquer guerrilheiro sabe, o melhor lugar para combater um sistema é dentro dele. Sun Tzu, por exemplo, dizia que os espiões “são os elementos mais importantes de uma guerra”.
E aqui surge meu interesse militar em você, concursando, futuro servidor público. Você já faz parte do sistema e em breve será ainda mais importante dentro dele.
Todo concurso concede algum tipo de poder, mas nenhum consegue avaliar honestidade, honra ou sentimento de compaixão, solidariedade e empatia. Afinal, são decisões pessoais alteráveis a qualquer tempo. Embora possa decorrer do conhecimento e da sabedoria, não são aferíveis em provas e concursos.
Meu sonho é que alcancemos dias em que os servidores cumpram seus deveres. Sem heroísmos nem exageros, embora sem bom e honrado me pareça uma forma de heroísmo.
Servidores normais, comuns, mas com honra e compaixão resultarão em um país mais justo e digno: agirão com correção e serão, à medida em que cada vez mais numerosos, invencíveis. Uma elite.
Desejo uma revolução, silenciosa, construída aos poucos por um novo exército. Um exército de guerreiros treinados, competentes, disciplinados e de fibra. Fibra que foi necessária para a aprovação e que será necessária, em outro formato, para o cotidiano. Pode parecer utopia, mas creio mesmo na revolução que começa no metro quadrado que cada um ocupa.
Se me permite a intromissão em sua vida, após a vitória na guerra dos concursos, sugiro que se aliste de forma simples e sóbria na guerra por dias mais justos. Isso lhe trará alguns dilemas, mas bastante auto-realização e sentido de existência e serviço. Confio no que a Bíblia diz: “os que trabalham para o bem dos outros encontrarão a felicidade” (Provérbios 12:20, NTHL).
Você será, em breve, poderoso. E, se estivermos unidos num mesmo projeto, cada um fazendo a sua parte, seremos mais poderosos do que os mais admiráveis exércitos da história de todas as guerras. Um novo exército. Uma nova revolução. A melhor de todas. Uma revolução que é possível. A história mostra desafios de monta superados, revoluções bem sucedidas porque foram feitas pelo povo.
Viajo bastante pelo exterior e me incomoda profundamente o quanto nos acomodamos com pouco, em um país tão rico. O quanto aceitamos tanta miséria, exploração e distribuição de renda iníqua. Mudar isso é uma guerra.
Esse é um desafio, e ele vale a pena porque diz respeito a nosso lugar e a nosso tempo. Se o vencermos, poderemos dizer, como Paulo: “combati o bom combate”. E se não lograrmos êxito, ao menos teremos dado nossa contribuição, tal como Moisés, que não pisou na Terra Prometida, mas a viu ao longe.
Juscelino Kubitschek, por exemplo, disse: “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu País e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.” (g.n.)
Acho que podemos lançar os olhos mais uma vez sobre o amanhã de nosso país para ver essa desejada alvorada, e fazer isso com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino. E, ao colocar em prática a revolução, não só ousar sonhar, mas ousar realizar a nossa parte. Eu tenho fé num país mais decente e sugiro que você tenha fé: em Deus, em si mesmo, no serviço público e no país.
Ajude a pôr nosso mundo em ordem.
Peço desculpas por citar, nesta conclusão, meus sonhos e minha fé, por confessar uma sublevação. É que acredito nas palavras e no poder que elas transmitem.
Como disse no início deste livro, convido-o a ser, depois da posse, um guerreiro honrado, modesto mas firme, soldado de um novo tempo.
A revolução virá.
- William Douglas -do livro "A Arte da Guerra para Concursos", págs. 100-103.
Vamos às ruas clamar por nossos direitos!Participem da manifestação!Vamos mostrar que não estamos inertes e que acreditamos num país mais justo!
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